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segunda-feira, 29 de abril de 2013

Carta recebida


Depois de muita ansiedade para receber a carta, ela chegou. Chegou ''em mãos'' na verdade.Pelas mãos da minha empregada Dona Marlene. Para  quem eu mandei?

Mandei para o marido dela, seu ED. Na carta que recebi, estava escrito assim:

''betim 26 de abril de 2013

oi Bea trs aíne tudo bem.

eu recébi sua cartinha  e fiquei  muito felis múto obrígado, pela sua jentileza

eu stou te screvendo, para ti agradecer.

Voce mim descupe  pelos erros porque nao sei screver mito bem.

mas eu ti agradeço.
continue Assim.

Aquí fica meu abraço

do seu  EEdi.''

Envelope onde estava a carta
Gostei muito de receber a carta de resposta dele. Os erros ortográficos nos ajuda a compreender que erramos todos, e também ajuda como exemplo de variação linguística, o que estava e estou  aprendendo na escola.







comentário da semana literária.



  Na semana literária, é sempre muito divertido. Sempre tem pessoas que atrapalham o esforço da turma, mas no final não dá pra me zangar, pois os belos livros da feira e as belas apresentações compensam a irresponsabilidade.

Nesta ótima   semana participei de:


1- Abertura semana literária: Os homenageados de Frankfurt ;

2-  Contação de histórias- Beatriz Myrra ;

3- Entrevista com o ator Leônidas Braga

4- Oficinas: cinemação

5- Casos da Meia Noite

6- Teatro: Via Sacra pelo Sertão

7- Intervenções em sala Girl From Ipanema

8- Desfiles - Músicas de Vinícius de Moraes

9- Teatro: Homenagem a Vinícius de Moraes
Meu azulejo, poesia O Relógio.

10- Intervenções na sala de aula - Mensageiros de Vinícius

Também fiz:

  • Exposição:  Arte e Poesia 


  • Exposição: Monstrs Inc scrapbook 


  • Exposição: azulejos musicais


domingo, 28 de abril de 2013

Narrativa de aventura

A batalha final

Cerca de 500 anos antes de Cristo, na América do Norte, vivia uma tribo indígena muito grande chamada Tutskite. Ela ocupava metade do território da América e seu líder era um homem generoso e justo.

Na outra metade da América do Norte viviam muitas tribos e um reino. Todos ficavam lutando por pelo menos metade do terreno da maior tribo. Recentemente esta tribo estava em guerra com o reino que tinha o menor território de todos. Esse reino chamava Birds. O rei de Birds, era um homem  egoista que não queria só metade, mas todo o terreno Tutskite.

O povo da maior tribo,era tão grande, forte e poderoso, que nenhum tribo conseguia destrui-los.SE não fosse o tamanho da população,Artur, o líder desta tribo, cederia uma parte de seu terreno para os mais necessitados da América do Norte.
                                                                                                                      pintura  de Cleber
Cleber, o rei dos Birds, estava se preparando para uma última batalha, para conquistar seu objetivo. Antes Cleber achou uma pintura dele e de seu irmão.Ele ficou triste, pois não conheceu seu irmão direito.Foi separado dele aos dois anos. Sua mãe nunca havia falado nada sobre ele até sua morte. Acordou de seus pensamentos, colocou a pintura e arma     no bolso da armadura e foi guerrear. 

Artur estava meditando quando ouviu um estrondo e saiu correndo com a arma na mão.Alertou  seu povo. A Batalha final havia começado!!!

Após horas lutando, Cleber deixou cair do seu bolso sua amada e adorada pintura.Artur levou um susto! Correu para dentro de sua  "oca" e pegou uma pintura idêntica. Os dois se abraçam. Cleber  encontrou seu irmão!!!

Depois da alegria, Artur cedeu com custo, um quarto de seu terreno a Cleber.


Fim



LUIS CÂMARA CASCUDO



Luís da Câmara Cascudo nasceu em Natal, numa Sexta-feira, dia de São Sabino, a 30 de dezembro de 1898, às 17:30 horas. Seus pais eram Francisco Justino de Oliveira Cascudo e Ana Maria da Câmara Cascudo.

Na sua juventude, teve vida de príncipe, morando numa Chácara no Tirol, chamada Vila Cascudo, centro permanente de reuniões literárias, jantares festivos, recitais de músicos famosos que andavam pela cidade.

Estudou no Atheneu Norte Riograndense, cursou Medicina na Bahia e Rio de Janeiro, fazendo até o quarto ano. Desistiu de ser médico, por falta de vocação, e foi estudar Direito no Recife, onde se formou em 1928.
Apaixonou-se por uma menina de 16 anos, com delicadeza e nome de flor, Dáhlia Freire. Casaram-se em 21 de abril de 1929 e tiveram dois filhos: Fernando Luís e Anna Maria.
Iniciou-se como jornalista em outubro de 1918, no jornal "A Imprensa", de propriedade de seu pai. Colaborou em todos os jornais de Natal e em vários do país, mantendo seções diárias inesquecíveis, como "Bric-a-Brac", naquele jornal, e "Acta Diurna", em "A República" e no "Diário de Natal". Esta última foi mantida quase diariamente de 1939 a 1952 e de 1959 a 1960,no total de 1.848 artigos. Essas seções foram a origem de quase todos os seus livros, estimulando a sua obra de historiador, folclorista, antropólogo, etnógrafo, sociólogo, ensaísta, tradutor-comentador, memorialista e cronista, com fama internacional.
Estreou como escritor lançando o seu primeiro trabalho VERSOS REUNIDOS, em 1920. No ano seguinte, 1921, publicou o primeiro livro inteiramente seu, ALMA PATRÍCIA. Sua consagração como escritor, entretanto, ocorreu a partir de 1938-39 e, sobretudo, ao longo da década de 40
Escreveu sobre os mais variados assuntos, sendo evidente a sua especialização na etnografia e no folclore e a sua predileção pela história, pela geografia e pela biografia. Entre os seus mais de 200 livros. O Dicionário do Folclore Brasileiro, que teve a sua primeira edição em 1954, foi a primeira compilação acadêmica de temas ligados ao Folclore, que não tinha, na época, "status" de ciência.
Realizou várias viagens de estudo e pesquisa pelo Brasil e exterior. Em 1947-1948 foi a Portugal organizar e
 participar do 1 Congresso Luso-Brasileiro de Folclore, onde foi saudado pela imprensa local como "uma das mais altas expressões mundiais no domínio do folclore e etnografia". Em 1963 viajou à África com um objetivo especial:
estudar a alimentação popular, na colheita de elementos para a sua grande obra História da Alimentação no Brasil.
Cascudo "encantou-se", como ele se referia à morte, no dia 30 de julho de 1986, em Natal, cidade de onde
nunca quis "arredar o pé", por se considerar um "provinciano incurável".
A nós cabe, hoje, a imensa responsabilidade de valorizar e divulgar o inesgotável legado cultural que ele nos deixou. Sua casa, localizada na Avenida Câmara Cascudo, 377, Cidade Alta, Natal/RN, abriga hoje o Ludovicus – Instituto Câmara Cascudo.













Biografia de Wagner Costa.

 Wagner Costa



Nasceu em São Paulo em 1968.

Estudou Arquitetura e Urbanismo e é graduado em Comunicação Social pela ESPM. Tem mais de cem livros ilustrados. Participou de diversas exposições e catálogos na Alemanha, Argentina, Brasil, China, Colômbia, Coreia, Esvoláquia, Itália, Japão, México, Uruguai e Vietnã. Pela Global Editora tem seis livros lançados como autor-ilustrador: Jóty, o tamanduá , A palavra do grande chefe, Quem não gosta de fruta é xarope, Zum Zum Zum, Balaio de Gato e Mundo Cão. Em 2005, após uma temporada de estudos, pesquisa e projetos na França, retornou ao Brasil.


É membro do conselho diretor da SIB (Sociedade dos Ilustradores do Brasil) e filiado à AEI-LIJ (Associação dos Escritores e Ilustradores de Literatura Infantil e Juvenil). É também coordenador editorial da Coleção Muiraquitãs, da Global Editora.

É um grande ilustrador, escritor e designer gráfico.


sábado, 27 de abril de 2013

Victor Hugo.




Victor Hugo nasceu em 26 de fevereiro de 1808 , em Besançon, França.É filho de Joseph Hugo e de Sophie Trébuchet.
O amor de sua mãe pelos livros, inspirou o mesmo amor em Victor. Assim, desde a adolescência decidiu
torna-se escritor.

Funda com os seus irmãos em 1819 uma revista, o Conservateur littéraire (Conservador literário), que já chama a atenção para o seu talento. No mesmo ano, ganha o concurso da Académie des Jeux Floraux.

O seu primeiro recolhimento de poemas, Odes, é publicado em 1822: tem então vinte e sete anos.No mesmo ano, casou-se com Adèle Foucher. Na noite de seu casamento, seu irmão enlouqueceu, pois também amava Adèle.

Tem, até uma idade avançada, diversas amantes, sendo a mais famosa Juliette Drouet, atriz sem talento que lhe dedica a sua vida, e a quem ele escreve numerosos poemas.
Victor assinou um contrato, para escrever um romance histórico tendo como palco a Catedral de Notre-Dame. Caso não cumprisse o prazo, teria que pagar 1000 francos por semana de atraso. Por esse motivo não saiu mais de casa pelos próximos 6 meses. Depois a França consagrou ''O corcunda de Notre- Dame.
Sua amizade com Saint- Beuve terminou de modo infeliz. Adèle se separou dele para viver com o amigo.
Em 1842, sua filha Leopoldine, morre afogada.Mais tarde em 1872,sua outra filha Adèle, é internada por ter enlouquecido após uma malsucedida história de amor.
Seu interesse pelo povo humilde acabou em inspirar no seu maior livro : Os miseráveis.
Sua saúde piorou depois da morte de Juliette.
Victor Hugo morre em 22 de maio 1885 por uma congestão pulmonar aos 83 anos.
De acordo com seu último desejo, seu corpo é depositado em um caixão humilde que é enterrado no Panthéon.
Tendo ficado vários dias exposto sob o Arco do Triunfo, estima-se que 1 milhão de pessoas vieram lhe prestar uma última homenagem. Quando morreu as prostitutas de Paris ficaram de luto.




Carlos Drummond de Andrade





Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. Estudou na cidade de Belo Horizonte e no Rio de Janeiro com jesuítas, no Colégio Anchieta de Nova Friburgo, de onde foi expulso por "insubordinação mental". Novamente em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas.

Diante da insistência familiar para que tivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar de não durar muito, foi importante na afirmação do modernismo em minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.

Os primeiros livros de Drummond foram: Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934).

Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente rasgado em pedaços por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo(1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac, Choderlos de Laclos, Marcel Proust, García Lorca, François Mauriac e Molière.

Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.

Ainda admiramos o autor, tanto pelas suas obras quanto pelo seu comportamento como escritor.


    

segunda-feira, 22 de abril de 2013

texto substantivo(Circuito fechado)

Terça-feira

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E tudo de novo!!!


Número aproximado de substantivos:   246


                  

domingo, 14 de abril de 2013

Vinicius de Moraes





Marcus Vinitius da Cruz e Mello Moraes ,Nasceu em 19-10-1913, na Rua Lopes Quintas, 114 — bairro da Gávea, na Cidade Maravilhosa no Rio de Janeiro.

Foi criado por sua mãe, Lydia Cruz de Moraes, que, dentre outras qualidades, era exímia pianista, e ao lado do pai, Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, poeta bissexto. Vinicius cresceu morando em diversos bairros do Rio. Desde pequeno,demonstrou habilidades para poesia.                                                                        

Aos nove anos de idade parece que pressente o poeta: vai, com a irmã Lygia ao cartório na Rua São José, centro do Rio, e altera seu nome para Vinicius de Moraes.
Em 1917 nasce seu irmão Helius. Com a irmã Lydia, passa a frequentar a escola primária Afrânio Peixoto, à rua da Matriz. Em 1924, inicia o Curso Secundário no Colégio Santo Inácio. Começa a cantar no coro do colégio nas missas de domingo, criando fortes laços de amizade com seus colegas .Participa, como ator, em peças infantis.

Torna-se amigo dos irmãos Paulo e Haroldo Tapajóz, em 1927, com os quais começa a compor. Com eles, e alguns colegas do colégio, forma um pequeno conjunto musical que atua em festinhas, em casas de famílias conhecidas.

Compõe, no ano seguinte, com os irmãos Tapajóz, "Loura ou morena" e "Canção da noite", que têm grande sucesso. Nessa época, namora invariavelmente todas as amigas de sua irmã Laetitia.
Em 1930, entra para a faculdade de Direito sem vocação especial.

Forma-se em Direito e termina o Curso de Oficial da Reserva, em 1933. No mesmo ano, publica seu primeiro livro, O caminho para a distância, na Schimidt Editora.

Forma e exegese, seu livro de poesias lançado em 1935, ganha o prêmio Felipe d'Oliveira.


Em 1938, é premiado com a primeira bolsa do Conselho Britânico para estudar língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, para onde parte em agosto daquele ano.


Em 1947 , casa-se por procuração com Beatriz Azevedo de Mello. No final desse ano, retorna ao Brasil devido à eclosão da II Grande Guerra.


O ano de 1940 marca o nascimento de sua primeira filha, Suzana. Torna-se amigo de Mário de Andrade.Em 1942, nasce seu filho Pedro.

Em 1945, um grande susto: sofre grave desastre de avião na viagem inaugural do hidro "Leonel de Marnier", perto da cidade de Rocha, no Uruguai. Em sua companhia estão Aníbal Machado e Moacyr Werneck de Castro. Colabora com vários jornais e revistas, como articulista e crítico de cinema. Escreve crônicas diárias para o jornal "Diretrizes". Faz amizade com o poeta chileno Pablo Neruda.

Em 1951, casa-se, pela segunda vez, com Lila Maria Esquerdo e Bôscoli. A convite de Samuel Wainer, começa a colaborar no jornal "Última Hora", como cronista diário e posteriormente crítico de cinema.

Em 1953, nasce sua filha Georgiana. Compõe seu primeiro samba, música e letra, "Quando tu passas por mim". Faz crônicas diárias para o jornal "A Vanguarda" e colabora no tablóide semanário "Flan", de "Última Hora". Parte para Paris como segundo secretário de Embaixada. Escreve Orfeu da Conceição, obra que seria premiada no Concurso de Teatro do IV Centenário da Cidade de São Paulo no ano seguinte, e que teve montagem teatral em 1956, com cenários de Oscar Niemeyer. Posteriormente transformada em filme (com o nome de Orfeu negro) pelo diretor francês Marcel Camus, em 1959, obteve grande sucesso internacional, tendo sido premiada com a Palma de Ouro no Festival de Cannes e com o Oscar, em Hollywood, como o melhor filme estrangeiro do ano. Nesse filme acontece seu primeiro trabalho com Antônio Carlos Jobim (Tom Jobim).

Em 1956, retorna à pátria, no gozo de licença-prêmio. Nasce sua filha, Luciana. A convite de Jorge Amado, colabora no quinzenário "Para Todos", onde publica, na primeira edição, o poema O operário em construção. A peçaOrfeu da Conceição é encenada no Teatro Municipal, que aparece também em edição comemorativa de luxo, ilustrada por Carlos Scliar. As músicas do espetáculo são de autoria de Antônio Carlos Jobim, dando início a uma parceria que, tempos depois, com a inclusão do cantor e violonista João Gilberto, daria início ao movimento de renovação da música popular brasileira que se convencionou chamar de bossa nova. Retorna ao posto, em Paris, no final do ano.

Em 1958, sofre um grave acidente de automóvel. Casa-se com Maria Lúcia Proença. Parte para Montevidéu. Sai o LP "Canção do amor demais", de músicas suas com Antônio Carlos Jobim, cantadas por Elizete Cardoso. No disco ouve-se, pela primeira vez, a batida da bossa nova, no violão de João Gilberto, que acompanha a cantora em algumas faixas, entre as quais o samba "Chega de saudade", considerado o marco inicial do movimento.

Em 1959 ,casa-se sua filha Susana.

No ano seguinte, em novembro, nasce seu neto Paulo.

Em 1963, casa-se com Nelita Abreu Rocha e retorna a Paris.

1965 marca o lançamento de Cordélia e o peregrino, em edição do Serviço de Documentação do Ministério de Educação e Cultura. Ganha o primeiro e segundo lugares do I Festival de Música Popular de São Paulo, da TV Record, em canções de parceria com Edu Lobo e Baden Powell. Parte para Paris e St. Maxime para escrever o roteiro do filme "Arrastão". Indispõem-se com o diretor e retira suas músicas do filme. Parte de Paris para Los Angeles a fim de encontrar-se com Jobim. Muda-se de Copacabana para o Jardim Botânico, à rua Diamantina, 20. Começa a trabalhar no roteiro do filme "Garota de Ipanema", dirigido por Leon Hirszman. Volta ao show com Caymmi, na boate Zum-Zum.

Em 1967,ocorre a estréia do filme "Garota de Ipanema". É colocado à disposição do governo de Minas Gerais no sentido de estudar a realização anual de um Festival de Arte em Ouro Preto.

Falece sua mãe, em 25 de fevereiro de 1968.

Em 1969, é exonerado do Itamaraty. Casa-se com Cristina Gurjão, com quem tem uma filha chamada Maria.
No ano seguinte, casa-se com a atriz baiana Gesse Gessy. Inicia parceria com o violonista Toquinho.

Em 1976, novo casamento, agora com Marta Rodrigues Santamaria. Escreve as letras de "Deus lhe pague", em parceria com Edu Lobo.

No ano seguinte, excursiona com Toquinho pela Europa. Casa-se com Gilda de Queirós Matoso.

No dia 17 de abril de 1980, é operado para a instalação de um dreno cerebral. Morre, na manhã de 09 de julho, de edema pulmonar, em sua casa na Gávea, em companhia de Toquinho e de sua última mulher. Extraviam-se os originais de seu livro O deve e o haver.

O biógrafo de Vinicius, José Castello, autor do excelente livro "Vinicius de Moraes: o Poeta da Paixão - uma biografia" nos diz que o poeta foi um homem que viveu para se ultrapassar e para se desmentir. Para se entregar totalmente e fugir, depois, em definitivo. Para jogar, enfim, com as ilusões e com a credulidade, por saber que a vida nada mais é que uma forma encarnada de ficção. Foi, antes de tudo, um apaixonado — e a paixão, sabemos desde os gregos, é o terreno do indomável. Daí porque fazer sua biografia era obra ingrata.

Dele disse Carlos Drummond de Andrade: "Vinicius é o único poeta brasileiro que ousou viver sob o signo da paixão. Quer dizer, da poesia em estado natural". "Eu queria ter sido Vinicius de Moraes". Otto Lara Resende assim o definiu: "Manuel Bandeira viveu e morreu com as raízes enterradas no Recife. João Cabral continua ligado à cana-de-açúcar. Drummond nunca deixou de ser mineiro. Vinicius é um poeta em paz com a sua cidade, o Rio. É o único poeta carioca". Mas ele dizia nada mais ser que "um labirinto em busca de uma saída".
O que torna Vinicius um grande poeta é a percepção do lado obscuro do homem. E a coragem de enfrentá-lo. Parte, desde o princípio, dos temas fundamentais: o mistério, a paixão e a morte. Quando deixa a poesia em segundo plano para se tornar show-man da MPB, para viver nove casamentos, para atravessar a vida viajando, Vinicius está exercendo, mais que nunca, o poder que Drummond descreve, sem conseguir dissimular sua imensa inveja: "Foi o único de nós que teve a vida de poeta".